As cerca de 40 famílias que vivem em casas que ainda estão em construção no Residencial Moradia Atenas, na zona norte da cidade, amanheceram apreensivas nesta segunda-feira (27). Às 8h terminaria o prazo concedido pela prefeitura municipal para que elas desocupassem as 42 unidades invadidas. As casas estão em obras desde 2007, e são destinadas a programas de habitação popular.
Nesta manhã, cerca de 30 moradores se reuniram com representantes do Conselho Tutelar, Observatório das Metrópoles e o vereador Humberto Henrique (PT), para tentar evitar a desocupação imediata das unidades.
"Acredito que pela manhã não haverá a desocupação. Ingressamos, nesta sexta-feira (24), com um pedido para que o mandado de desocupação fosse suspenso. Nossa intenção é dar um prazo maior, de aproximadamente um mês, para que as famílias possam sair e providenciar, com mais calma, um outro lugar para morar", explica o vereador Humberto Henrique.
A decisão da suspensão do mandado de desocupação deve ser avaliada a partir das 12h desta segunda-feira pelo juiz da 6ª Vara Civil de Maringá.
Representantes do Conselho Tutelar também estão com os moradores para assegurar o direito das 70 crianças e adolescentes que vivem no local. "Existe um número expressivo de crianças, bebês e jovens morando aqui. Caso aconteça a desocupação, vamos pedir providências imediatas par assegurar o direito delas nas creches e escolas, além de providenciar possíveis abrigos para os menores", afirma o conselheiro Vandré Fernando.
A prefeitura ingressou com o pedido de desocupação no dia 17 de junho. Os imóveis deveriam ter sido desocupados na última quarta-feira (22). Uma comissão, no entanto, negociou e conseguiu estender o prazo até a manhã desta segunda-feira (27).
Uma das marcas da gestão de Silvio Barros (PP) é a falta de humanismo, Barros não olha pela população carente, os moradores do Santa Felicidade, periferia de Maringá sabem bem do que ele é capaz.
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