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Na época da faculdade
Acabei de encontrar minha primeira crônica publicada, foi no ano de 2007, quando estava o primeiro ano de jornalismo no Cesumar. O texto foi publicado no Jornal Matéria prima. É uma bem humorada crônica esportiva.
Zagueiro mata a jogada e é preso em flagrante
Réu confesso, ele admitiu tê-la pego pelas costas; alegou legítima defesa, mas obteve as penalidades máximas
Juro que não tive culpa. Tudo aconteceu muito rápido e não pude evitar. Ela entrou na minha área invadindo a defesa do meu time. Fomos pegos de surpresa, foi um momento de desatenção. Tudo bem, admito tê-la pego pelas costas, mas ela também estava armada. Eu vi, a jogada foi armada. Ela ameaçava claramente o nosso gol. Se eu não a desarmasse, o tiro ia para no fundo das redes. Além do mais, é meu trabalho como zagueiro desarmar, matar se for preciso, as jogadas e ajudar a defender o gol.
Está certo, sei que não devia ter segurado o atacante. Mas vocês viram, ele é um matadorprofissional. No lance anterior ele deu um corte fatal, deixou o zagueiro no chão. E como se isso não bastasse, deu um tiro certeiro que penetrou nosso gol. Foi doloroso pra gente, aquele disparo rompeu a nossa defesa. Quando o vi ameaçando novamente o gol, não hesitei em detê-lo. Eu confesso, matei a jogada. Mas o que queria realmente era apenas desarmá-la.
Mostraram-me o temido cartão vermelho e agora estou aqui, excluído, preso ao vestiário. Sozinho. Na verdade o remorso me faz companhia. O juiz errou, não merecia uma sentença tão rígida. Não houve dolo. Minha consciência está tranqüila, o superintendente do meu clube sabe que sou inocente. Ele afirmou que somos vítimas de um complô. Não dizem que a Justiça é cega? Então, como o juiz pode enxergar tantas penalidades máximas em uma única partida?
Sei que agora é tarde para lamentações, uma vez que fui condenado. Mas enquanto eu viver continuarei insistindo: matei aquela jogada, sim, mas apenas para me defender.
Zagueiro mata a jogada e é preso em flagrante
Réu confesso, ele admitiu tê-la pego pelas costas; alegou legítima defesa, mas obteve as penalidades máximas
Juro que não tive culpa. Tudo aconteceu muito rápido e não pude evitar. Ela entrou na minha área invadindo a defesa do meu time. Fomos pegos de surpresa, foi um momento de desatenção. Tudo bem, admito tê-la pego pelas costas, mas ela também estava armada. Eu vi, a jogada foi armada. Ela ameaçava claramente o nosso gol. Se eu não a desarmasse, o tiro ia para no fundo das redes. Além do mais, é meu trabalho como zagueiro desarmar, matar se for preciso, as jogadas e ajudar a defender o gol.
Está certo, sei que não devia ter segurado o atacante. Mas vocês viram, ele é um matadorprofissional. No lance anterior ele deu um corte fatal, deixou o zagueiro no chão. E como se isso não bastasse, deu um tiro certeiro que penetrou nosso gol. Foi doloroso pra gente, aquele disparo rompeu a nossa defesa. Quando o vi ameaçando novamente o gol, não hesitei em detê-lo. Eu confesso, matei a jogada. Mas o que queria realmente era apenas desarmá-la.
Mostraram-me o temido cartão vermelho e agora estou aqui, excluído, preso ao vestiário. Sozinho. Na verdade o remorso me faz companhia. O juiz errou, não merecia uma sentença tão rígida. Não houve dolo. Minha consciência está tranqüila, o superintendente do meu clube sabe que sou inocente. Ele afirmou que somos vítimas de um complô. Não dizem que a Justiça é cega? Então, como o juiz pode enxergar tantas penalidades máximas em uma única partida?
Sei que agora é tarde para lamentações, uma vez que fui condenado. Mas enquanto eu viver continuarei insistindo: matei aquela jogada, sim, mas apenas para me defender.